São inúmeras as denúncias que chegam à nossa redação sobre a situação política que vive o município de Matinhas – PB desde que o atual prefeito Benedito Brás da Silva assumiu a Prefeitura e foi criado um grupo de WhatsApp “Matinhas em Debate” em que os moradores mostram, majoritariamente, o seu descontento com a gestão atual da Prefeitura.
As áreas que recebem mais críticas são: saúde, com falta de medicamentos e de pessoal sanitário; infraestrutura, que já levou a demissão da secretária; e educação, que é gerida por um secretário inexperiente e um colaborador sem vínculo contratual mais preocupados com as postagens nas redes sociais do que com a real educação do município.
As denúncias desta semana se referem a várias escolas do munícipio matinhense e ao desleixo na gestão delas. Por exemplo, uma das moradoras nos informa que, na Escola Municipal de Ensino Infantil e Ensino Fundamental João Fernandes de Araújo no sítio Geraldo de Cima, também conhecida como escola de Toró, o calendário escolar começou atrasado e não estaria cumprindo com as horas letivas que foram programadas. No turno da manhã, por exemplo, os alunos chegam de 7 horas e às 10 horas, já estariam liberados. No turno da tarde, acontece o mesmo de realizarem um horário letivo de apenas 3 horas, com os alunos chegando às 13h e sendo liberados às 16h. Todos estes horários são realizados apenas de segunda a quinta-feira, pois nas sextas-feiras os alunos também estão liberados sem darem nenhuma explicação aos pais sobre estas liberações. Devido ao escasso número de aulas presenciais tem alunos que ainda não sabem ler nem escrever, nem fazer as operações matemáticas básicas.
Os pais mais preocupados com a educação dos seus filhos criticam fortemente as poucas aulas que os alunos têm no município já que, além da jornada letiva ir de segunda a quinta, no dia que tem planejamento os alunos também são liberados, restando quase nada para o período real de aulas. Afirmam que se o horário letivo estipulado fosse cumprido não seriam necessárias as novas invenções da secretaria de educação como o programa “recomposição de aprendizagens”. Esses pais afirmam que esse programa só é necessário porque as aulas não estão sendo lecionadas no horário normal e porque querem colocar nomes bonitos à falta das aprendizagens básicas.
A secretaria de educação, por sua parte, parece estar mais focada em organizar eventos e projetos para poder postar nas redes sociais e fazer o município de Matinhas acreditar que tem uma educação de qualidade, quando a realidade é a que vemos em escolas como a Escola João Fernandes de Araújo, onde as aulas dos estudantes e a sua formação não são prioridade para a Secretaria de Educação. –“Matinhas agora tem uma educação de fachada, só para postar nas redes sociais” – comenta um dos pais afetados, cujo filho passa mais tempo em casa do que na escola.
Da redação
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